Pipoca! ????
E o assunto da vez é... Pipoca! Quem poderia dizer que esses pequenos grãos, que fazem tanto barulho para estourar e serem mastigados, poderiam causar barulho nas conversas sobre nutrição e riscos à saúde?
Antes de tornar a pipoca uma vilão, é importante observar que ela é rica em fibras – em 100 gramas dos grãos é possível encontrar até 13 gramas de fibras. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os adultos devem ingerir pelo menos 25 gramas desses nutrientes por dia, já as crianças entre 7 e 10 anos devem consumir pelo menos 13 gramas.
As fibras não são digeridas pelo organismo, mas seus benefícios são inúmeros. Elas reduzem e chegam até mesmo a inibir a absorção do colesterol pelos intestinos e, assim, ajudam a manter o coração em forma. Também contribuem para o desenvolvimento de uma flora intestinal saudável e promovem um trânsito intestinal mais eficaz, pois favorecem a retenção de água nesse órgão. Dessa forma, previnem problemas que vão desde a prisão de ventre até câncer de cólon. Mas, para tornar a ação deste alimento eficaz é necessário ingerir uma boa quantidade de líquidos. Esses grãos saborosos também são ricos em ácido fólico e possuem quantidades consideráveis de fósforo e potássio, minerais que ajudam na formação de ossos e na manutenção dos músculos.
Mas, afinal, o que pode tornar um alimento com tantos benefícios um problema para a alimentação? Algumas más companhias como as gorduras e o sal.
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) selecionou marcas representativas no mercado que produzem dentre outros alimentos as famosas pipocas de microondas e, constatou a presença assustadora de gorduras trans, detectando em alguns casos 1,1 g de gorduras trans em uma porção de 25 g, ou seja, um quarto de um pacote convencional de pipoca é apenas gordura, lembrando que este é o tipo de gordura mais maléfico possível para o organismo e, não traz qualquer tipo de benefício para o mesmo, sendo responsável por doenças cardíacas, obesidade e outros problemas.
Outro problema deste alimento industrializado é a presença de gorduras saturadas. Uma marca apresentou 1,8 g na porção de 25 g, o que equivaleria, caso metade de um pacote fosse consumido, à ultrapassagem do limite diário de consumo desta gordura, que é de 22 g.
As marcas selecionadas também apresentaram quantidades espantosas de sódio (presente no sal): praticamente todos os produtos analisados pelo Idec apresentaram em apenas metade de seus pacotes (em geral 50 g) uma quantidade de sódio que extrapola o limite recomendado para consumo deste nutriente.
Devemos então riscar da lista este alimento? Abolimos então a companhia perfeita para nosso cinema? Não precisamos ser tão radicais. Basta observar o consumo da pipoca dentro dos limites ideais e, aliar a mesma a uma alimentação balanceada e saudável e, claro, praticar regularmente exercícios físicos.
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