O exercício melhora a doença hepática gordurosa

O fígado é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo e tem vários papéis importantes. É responsável pela desintoxicação de produtos químicos e pela manutenção de níveis normais de gordura no organismo. O fígado normalmente contém um pouco de gordura, que é cerca de 5 a 10% do seu peso, mas o excesso de consumo de álcool pode levar a um maior teor de gordura. Isso resulta em uma condição chamada doença hepática gordurosa, que está associada à diminuição da função hepática e ao dano no fígado. Infelizmente, esta condição está se tornando mais comum em não bebedores como resultado do excesso de gordura em nossas dietas.

A ocorrência da doença hepática gordurosa não alcoólica pode eventualmente levar a uma condição mais grave, chamada de esteatose hepática não alcoólica (nonalcoholoic steatohepatitis, NASH). Um artigo de revisão recente, publicado em Exercise and Sport Sciences Reviews, resumiu os achados das pesquisas recentes sobre os efeitos benéficos do exercício sobre a NASH e doença do fígado gordo.

A NASH geralmente afeta aqueles com excesso de peso, obesos ou diabéticos. Atualmente, não há tratamento padrão para a condição, além da recomendação de certas mudanças de estilo de vida. O exercício parece ajudar doenças hepáticas gordurosas, e há estudos clínicos que mostram algum benefício.

Recentemente descobriu-se que os efeitos benéficos do exercício são devidos a um processo chamado autofagia. A autofagia é um processo de degradação usado por células para “limpar” peças desnecessárias ou disfuncionais. Este processo degrada o excesso de lipídios e proteínas e é importante para manter nossas células saudáveis e funcionais.

A mitocôndria é responsável pela produção de energia na célula. As células do fígado usam muita energia e, portanto, dependem muito das mitocôndrias. No entanto, ter uma dieta rica em gordura durante um longo período de tempo mostrou reduzir a função das mitocôndrias, resultando em menos energia para o fígado. Além disso, a ingestão de alto teor de gordura em longo prazo afeta negativamente a capacidade das células do fígado para eliminá-la.

Ao limitar a ingestão de gordura através de mudanças na dieta, os níveis de gordura no fígado podem ser reduzidos diretamente. Esta redução direta ainda não é compreendida totalmente, mas alguns cientistas levantam a hipótese de que o exercício faz com que o fígado produza mais energia para nossos músculos através da degradação da sua própria gordura. Da mesma forma, embora existam evidências de vários estudos em animais, as vias subjacentes de como o exercício pode estimular a autofagia não são claras. Acredita-se que durante o exercício, os sinais segregados das células musculares podem desencadear a autofagia no fígado, mas são necessários mais estudos para determinar os caminhos específicos.

Esta revisão resume as evidências da autofagia induzida pelo exercício e como ela pode melhorar a doença hepática gordurosa. Parece que o exercício e as mudanças na dieta podem melhorar a função hepática em pacientes, mas pesquisas adicionais para aprofundar nossa compreensão do processo são necessárias. Assim, os avanços neste campo de pesquisa podem levar ao desenvolvimento de tratamentos.

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Marina Viana

Sou Marina Viana Reis, nutricionista (CRN 19489) fascinada pela vida e pela saúde. Tenho foco na prevenção de doenças tendo como principal objetivo trazer mais qualidade de vida para meus pacientes através da alimentação. Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) sou especialista em Nutrição Clínica, Nutrição Ortomolecular, Nutrição Biofuncional e Fitoterapia pela Sociedade Universitária Redentor (FACREDENTOR RJ). Atuo no atendimento integral de meus pacientes, sob o ponto de vista clínico convencional, ortomolecular e fitoterápico, considerando as necessidades humanas individuais, com ênfase na atuação e otimização do comportamento saudável como forma de prevenir doenças, promover a saúde e o bem estar de crianças, adolescentes, adultos e idosos.

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